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Delito de Opinião

O cata-vento

Pedro Correia, 08.05.10

 

"Nenhum movimento especulativo fará o Governo mudar de planos. O pior que podemos fazer é mudar de plano", dizia o primeiro-ministro há uma semana, assegurando que o Executivo iria levar por diante os grandes projectos de obras públicas.

As promessas e garantias de José Sócrates valem o que valem: nada. Com a mesma aparente convicção da semana passada, o chefe do Governo vem agora dar o dito por não dito, admitindo adiar "todos os investimentos que não foram ainda adjudicados, como é o caso por exemplo da terceira via, como é o caso do aeroporto, para que os possamos lançar num momento em que a estabilização financeira regresse aos mercados e possa haver maiores garantias de financiamento para que essas obras se possam desenvolver."

Isto diz ele agora: sabe-se lá o que dirá daqui a uma semana. Parafraseando - com uma ligeira adaptação - o mais fervoroso blogue pró-governamental, só é pena que este cata-vento não esteja ligado à rede energética nacional. Se estivesse, as importações de petróleo cairiam para metade.

3 comentários

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    Sílvia 08.05.2010

    Parece-me que, referindo-se a um caso concreto, faz depender a competência das pessoas, ou a sua ausência, da sua naturalidade e das suas origens familiares. Não posso deixar de expressar o minha discordância, um "provinciano" e/ou uma "pessoa que venha de baixo" é uma pessoa tão capaz como as restantes, quer em termos de competências profissionais, quer em termos de formação pessoal.
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    antonio coelho 08.05.2010

    O que está em causa não é a competência, nem a formação pessoal da medíocre personalidade em análise. O que faz doer é a ânsia de fazer obra de regime à custa de contribuintes que têm azar de o ser e que, ou sob a forma de aumento de impostos, ou sob a forma de diminuição de beneficios sociais, vão ter de pagar estes sonhos megalómanos. Se o homem é megalómano por ser oriundo da provincia e desembarcado na capital, ou por não ter a formação necessária para o cargo, não é relevante para quem vai pagar!
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