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Delito de Opinião

O Presidente de Sócrates (8)

Adolfo Mesquita Nunes, 12.04.10

Em Janeiro escrevi uma série de posts através da qual procurei demonstrar que José Sócrates prefere ter Cavaco, e não Manuel Alegre como Presidente da República. Esta preferência, como então referi, não impede que José Sócrates apoie Manuel Alegre, sendo por isso de demonstração impossível. Mas essa preferência pode ser indiciada, como então tentei explicar, através de sinais vários, dados por José Sócrates, destinados a certificar-se de que Alegre perde: José Sócrates, disse na altura, pode começar por deixar Alegre queimar no lume brando do Bloco de Esquerda o tempo suficiente para assustar o eleitorado do centro, ao mesmo tempo que encomenda vozes autorizadas para denunciar o esquerdismo terceiro-mundista de Alegre. Depois, pode fazer avançar a guarda obediente destinada a criar as fracturas necessárias no PS, sob o ar angelical de José Sócrates, perturbando a campanha e obrigando Alegre a falar mais vezes das críticas que lhe chegam do PS do que da sua campanha. E por fim só tem de criar a ocasião para deixar escapar o vazio de Alegre que o PS tanto escondeu.

 

Nada do que então escrevi, nem mesmo a entrada de Fernando Nobre na corrida, está desactualizado. Mais de três meses volvidos, Alegre continua desesperadamente à espera do apoio de Sócrates e este teima furiosamente em fingir que Alegre não está ainda na corrida.  

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