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Delito de Opinião

Sci-Fi: os meus filmes (6)

João Campos, 14.04.10

 

10º: Serenity (Joss Whedon, 2004)

Diria que Serenity, o filme-sequela à série televisiva Firefly (cancelada antes de a primeira temporada terminar), é o melhor filme de ficção científica da década. Mais: é a prova de que um filme de ficção científica não tem necessariamente de ter grandes efeitos especiais, ou um enredo complexo e obscuro, para ser um excelente filme. E, se é verdade que a componente visual de Serenity nem é má (bem pelo contrário; é bastante boa), o seu ponto forte reside mesmo num argumento simples, mas sólido e muito bem escrito. Não existe nele uma piada que seja colocada por acaso, uma expressão que tenha sido escrita apenas "para encher": todo o argumento é consistente, com um ritmo narrativo que, se não é perfeito, anda perto disso. As personagens - de Malcolm Reynolds, comandante da nave "Serenity", a River, uma misteriosa rapariga cuja mente guarda um segredo que o governo totalitário do sector não está disposto a revelar - estão desenvolvidas, e a interacção entre si parece espontânea e natural. O que por um lado não é de estranhar: o elenco transitou da série para o filme. No entanto,  honra lhe seja feita: nem todas as séries podem orgulhar-se de ter um elenco que funcione tão bem como o de Firefly/Serenity.
Joss Wheddon (autor de séries de sucesso como Buffy the Vampire Slayer e Angel) criou, com Serenity, o verdadeiro western espacial, uma aventura num tom que, creio, não é o mais comum no género. Serenity proporciona duas horas de puro entretenimento, com algumas cenas memoráveis e riso q.b.. No final, apetece ver novamente. E insultar (pelo menos) quem ordenou o cancelamento da série...

 

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