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Delito de Opinião

Sci-Fi: os meus filmes (1)

João Campos, 09.04.10

 

15º: Avatar (James Cameron, 2009)


Inicio a série com uma escolha que sei polémica, e com um filme sobre o qual até já escrevi aqui. Mas mesmo tendo a noção de que Avatar fica, em vários aspectos, muito aquém de bem mais do que quinze filmes de ficção científica, não podia deixar de o incluir nesta lista. Por três motivos: em primeiro lugar, porque na ficção científica a experiência visual sempre teve uma grande importância, e nesse sentido, Avatar foi a mais elaborada experiência visual que o género conheceu desde Matrix; em segundo lugar, porque essa experiência visual só foi possível devido a uma considerável evolução tecnológica, que acabou por marcar um ponto de viragem não só no género em si como na indústria cinematográfica em geral - da mesma forma que considero perfeitamente válido afirmar que Matrix, para repetir o exemplo (e sem querer estar a comparar ambos os filmes, obviamente), teve um grande impacto não só na ficção científica, mas também noutros géneros (acção, para referir o mais óbvio); por fim, e numa década pouco inspirada para o cinema de ficção científica, Avatar tem o mérito de ser um bom épico espacial, daqueles que têm mesmo de ser vistos numa sala de cinema. É um filme "simples"? Sim, sem dúvida. O argumento é, de facto, simples. E isso para mim não é uma fraqueza, mas algo de positivo. Quanto às supostas "mensagens" de Cameron, não me interessam; quem, como me disse um senhor uma vez, quiser ver "cobras e lagartos" no filme, esteja à vontade, mas não conte com a minha companhia. Por vezes, gosto de assistir a um filme que seja apenas e só isso: um filme, uma obra de entretenimento. Avatar, para mim, foi exactamente isso.

 

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