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Delito de Opinião

Cartas do Japão - 7

Teresa Ribeiro, 07.04.10

6º dia (cont.) - À chegada a Quioto esperava-me um almoço no hotel com buffet onde se podia provar várias especialidades japonesas. Deparei com uma boa porção de pratos que ainda não tinha visto em lado nenhum. Decido experimentar tudo, em ínfimas porções. Só hesito em relação a uma coisa que só estava identificada em japonês e que eu não sabia muito bem se eram tripas de peixe ou um legume esquisito. Afiançam-me que aquilo é de origem vegetal, portanto decido provar. Não era mau. Também comi peixes em estado larvar (cheia de má consciência ambientalista). Os pequenitos não sabiam a nada.

Instalámo-nos em Quioto, mas o dia é dedicado a Nara, para onde seguimos de camioneta. A guia de hoje chama-se Imu. O seu inglês é fraquíssimo, mas neste caso tal limitação facilita a vida a quem quer tentar percebê-la, porque ela fala muito devagar. Dá palmadas na testa quando não consegue lembrar-se de uma palavra em inglês. Para enfatizar o que não consegue com o seu escasso vocabulário, levanta os calcanhares e abre os braços. Tem imensa piada. E é muito simpática, como todo este povo. Gostei do que vimos em Nara: um templo com o Buda maior do mundo e um santuário xintoísta lindíssimo, onde andavam veados à solta.

É sábado, passo a noite em Quioto, numa das zonas mais animadas da cidade. Cruzo-me com algumas vamps nipónicas. As que sabem arranjar-se ficam lindas, as outras parecem putas da baixa, consequências de uma péssima assimilação da cultura ocidental, I supose, ou então são apenas reflexos da tendência oriental para a piroseira.

Noto que algumas mulheres têm as pernas arqueadas em cima, o que lhes confere uma forma de andar muito peculiar. Comento isto com um homem, que me responde de imediato: não são só algumas, todas têm as pernas assim. De facto ainda não me tinha lembrado de olhar para as pernas de todas. Pois, não sou gajo.

2 comentários

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    Teresa Ribeiro 08.04.2010

    E para que quero eu umas melhores pernas em Quioto, Mike? Que coisa!
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