Sal e azar
Pelo vistos ao arrepio do país pensante, adorei a série sobre a vida secreta de Salazar. Achei muito bem filmada, os actores excelentes, os diálogos bons. Achei que Diogo Morgado fez um Salazar difícil e convincente, Soraia Chaves esteve esmagadora - como sempre -, a economia dos episódios foi perfeita, a base histórica satisfatória. À excepção da trapalhona questão banheira versus cadeira, a polémica que se seguiu deixou-me espantada. Recuso-me a pensar que a massa crítica nacional preferia um Salazar assexuado, para o bem e para o mal, porque o sexo torna-nos humanos e o ser de Santa Comba perturba menos se for uma pagela a preto e branco.