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Delito de Opinião

Cinco meses e dez dias depois

Pedro Correia, 09.03.10

 

Governo corta no subsídio de desemprego para controlar défice. A medida não constava do programa eleitoral do PS.

 

Governo decide congelar salários reais dos funcionários públicos até 2013. A medida não constava do programa eleitoral do PS.

 

Governo aumenta a carga fiscal para a generalidade dos contribuintes. A medida não constava do programa eleitoral do PS.

 

Governo decidiu baixar o investimento público até 2013 para metade do registado em 2009. A medida não constava do programa eleitoral do PS.

 

Governo adia lançamento das linhas de alta velocidade Lisboa-Porto e Porto-Vigo. A medida não constava do programa eleitoral do PS.

 

Governo suspende lançamento de novas concessões rodoviárias. A medida não constava do programa eleitoral do PS.

 

Governo admite privatizar TAP, CTT e a área seguradora da Caixa Geral de Depósitos. A medida não constava do programa eleitoral do PS.

 

Governo admite vender participações na EDP, Galp e REN. A medida não constava do programa eleitoral do PS.

 

Lembremos o que o PS prometia aos portugueses no seu programa eleitoral, apresentado a 29 de Julho e sufragado a 27 de Setembro de 2009. Um programa no qual se sublinhava que "o Governo do PS venceu a crise orçamental":

 

- "Avançar com o investimento público modernizador."

- "Rejeitar o agravamento de impostos."

- "Promover o trabalho digno, a participação e a negociação colectiva."

- "Melhoria sustentada dos salários."

- "Prosseguir a concretização do plano rodoviário nacional."

- "Concretizar as linhas de alta velocidade Porto-Vigo e Lisboa-Madrid até 2013 e a linha Lisboa-Porto até 2015."

Dizia-se ainda, sem sombra de dúvida: "A nossa resposta é clara: parar, adiar, suspender, rasgar - não pode ser esse o caminho."

 

Com este programa, o PS foi a votos. E venceu. Faz hoje precisamente cinco meses e dez dias.

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