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Delito de Opinião

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Luís Naves, 23.01.20

A processo de destituição de Donald J. Trump parece ser um caso clássico de erro político, devido ao drama de enredo labiríntico, em linguagem que poucos entendem. No âmago do episódio estão pressões sobre um líder estrangeiro (what else is new?) para alegadas vantagens eleitorais, mas a partidarização das provas foi de tal forma grosseira que metade do país jamais aceitará a condenação. Isto discute-se sem poder tocar no embaraçoso negócio ucraniano de Hunter Biden, filho do candidato presidencial democrata Joe Biden. Fevereiro é decisivo para a escolha dos democratas e a corrida já se resume ao institucional Biden (que terá a Ucrânia para explicar) ou o rebelde Bernie Sanders, cujo movimento populista incomoda as oligarquias. O que nos leva ao essencial. Trump foi à bolha de Davos explicar aos senhores do mundo: vocês fartam-se de fazer dinheiro comigo; podem não gostar de mim, mas estão todos muito mais ricos. Neste processo de destituição, se olharmos para além do folclore, não vemos nenhuma ameaça à ordem liberal ou às instituições da república americana, apenas um partido a dar um tiro no pé e um presidente que prepara a sua reeleição.

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