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Delito de Opinião

Sessenta anos sem Aleixo

Pedro Correia, 16.11.09

 

António Aleixo, o mais célebre dos nossos poetas populares, morreu faz hoje 60 anos. Em homenagem ao seu talento aqui deixo quatro das suas quadras. Tão actuais hoje como no dia em que as escreveu:

 

Sem que discurso eu pedisse,

ele falou e eu escutei.

Gostei do que ele não disse;

do que disse não gostei.

 

P'ra mentira ser segura

e atingir profundidade

tem de trazer à mistura

qualquer coisa de verdade.

 

Mentiu com habilidade,

fez quantas mentiras quis,

agora fala verdade,

ninguém crê no que ele diz.

 

Julgando um dever cumprir,

sem descer no meu critério,

digo verdades a rir

aos que me mentem a sério!

 

Imagem: estátua de António Aleixo em Loulé

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