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O Senhor Palomar e as crianças de tenra idade naquela fase em ainda não se reconhecem como sujeitos são provavelmente as únicas criaturas de quem suporto sem o menor incómodo que falem de si próprias na terceira pessoa. Abomino tudo o resto. A mais recente pessoa adicionada a esse rol de gente é o Presidente da República. Aquela mania de falar de si como o Presidente da República, como se fosse outro que não ele próprio, muito vincada na primeira parte do discurso, é profundamente irritante. Mesmo sendo um recurso estilístico –como estou benemérita - para se aproximar passo a passo da verbalização na primeira pessoa e modificar a perspectiva não lhe fica bem e soa a conversa de jogador de futebol. Não gosto.