Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Delito de Opinião

Nove anos depois do Europeu

Pedro Correia, 10.07.25

2016.jpg

 

A 10 de Julho de 2016 - há nove anos exactos - a selecção nacional de futebol sagrava-se campeã da Europa. Derrotando na final a equipa anfitriã, a de França.

Selecção formada por portugueses, treinada por um português, tendo por capitão um português cinco vezes eleito o melhor futebolista do mundo. Elogiada por numerosos estrangeiros. Mas depreciada em Portugal desde o primeiro dia. Depreciação que se prolongou mesmo após a conquista do cobiçado troféu, nunca antes ganho por uma equipa portuguesa. Que não houve mérito, que só foi possível por sorte, que melhores eram as outras, etc.

 

Faz parte do nosso inconsciente colectivo. Talvez seja até componente da nossa identidade nacional.

Uns edificam, constroem, distinguem-se, galgam fronteiras, alcançam proezas, superam obstáculos, dobram cabos das tormentas. Outros permanecem no sofá doméstico a ruminar críticas ao sucesso alheio.

 

Faz parte de uma "certa maneira de ser português".

E não é de agora. É de sempre.

DELITO há cinco anos

Pedro Correia, 10.07.25

21523202_SMAuI.jpeg

 

Cristina Torrão: «Antes da 2.ª Guerra Mundial, a Alemanha possuía territórios no Leste: a Prússia Ocidental e Oriental, hoje pertencentes à Polónia e à Rússia. Nos últimos meses do conflito, com o avanço do exército soviético, os alemães que aí viviam, pelo menos, os que sobreviveram aos soldados russos, tiveram de fugir, deixando todos os seus bens para trás. Tratava-se quase exclusivamente de mulheres, velhos e menores de dezasseis anos, já que praticamente todos os homens em idade militar tinham sido alistados. Assim se juntaram milhares de refugiados, obrigados a marchas desgastantes de milhares de quilómetros, no Inverno rigoroso de 1945.»

 

José Meireles Graça: «Quando se fizer a história que vale a pena, isto é, não a da Covid, mas a da vasta reacção de pânico injustificado que tomou conta do mundo, haverá lugar para pôr em contexto o poderoso impulso que a doença deu a toda a casta de estatismos, toda a sorte de intervenções e estupidezes das grandes e pequenas autoridades, todo o reforço injustificado de poderes das polícias, todo o desnecessário dano para a economia, e toda a dificuldade para fazer regressar esses monstros para dentro das respectivas caixas.»

 

Eu: «Os Amantes do Tejo – baseado na obra homónima do escritor Joseph Kessel, publicada um ano antes – conta-nos a história de Pierre, ex-membro da resistência francesa refugiado em Lisboa, onde trabalha como taxista, após ter cumprido pena de prisão no país natal por ter assassinado o amante da mulher in flagrante delicto. Um dia transporta Kathleen, turista por quem se apaixona, não resistindo a confessar-lhe o seu segredo. Mas também ela é perseguida por uma sombra do passado. O romance está condenado a terminar mal. O que importa aqui, no entanto, é a presença magnética de Amália. O filme subsiste como objecto de culto por causa dela, só por causa dela. E nunca foi tão etérea e tão carnal em simultâneo como nos minutos em que canta – com a voz da alma – o arrepiante Barco Negro, original brasileiro a que David Mourão-Ferreira (1927-1996) emprestou o seu talento poético.»

Foi engano

José Meireles Graça, 09.07.25

Há uns tempos manifestei num artigo algumas dúvidas sobre o Ministério da Reforma do Estado. Acabava assim:

Enganei-me no passado mais vezes do que gostaria e, é claro, como qualquer cidadão temente a Deus arrependo-me. Desta vez também apreciaria vir a arrepender-me. Não me parece.

Premonitório: Passou pouco mais de um mês e o ministro já diz sem rebuço ao que vem: “… o Governo está ‘a trabalhar numa reforma administrativa assente na simplificação, digitalização, articulação e responsabilização, não para reduzir o Estado, mas para fortalecer a sua relevância e legitimidade".

Fantástico: A reforma do Estado é afinal uma reforma administrativa que vai assentar na simplificação e digitalização mas consumindo o mesmo número de horas de trabalho dos funcionários, articulação e responsabilização mas sem ganhos nenhuns potenciais em despesas, além de não se fazer ideia do que querem dizer na prática estas proclamações – vai articular o quê com o quê e responsabilizar quem e de que forma?

Tudo com o objectivo de retirar do pescoço do cidadão a canga da via dolorosa das exigências absurdas ou redundantes, de uma administração fiscal intrusiva, prepotente e inimputável, ou da geral irresponsabilidade dos serviços públicos por atrasos, informações deficientes, descasos e exigências ilegais?

Que nada, para que o Estado fique “mais relevante e mais legítimo”, diz ele.

Tenho más notícias para o ministro: O Estado não precisa de ser mais relevante, já o é em demasia; e a sua legitimidade ninguém discute, o que se discute é a forma como funciona, quanto custa, e o seu grau de interferência na vida das pessoas e das empresas.

Em suma, mais um simplex. Para isso não era preciso um ministério, uma ignota direcção-geral cheia de computadores e moços a escarafunchar as meninges servia perfeitamente.

Um equívoco este ministério, parece. Que infelizmente não é o único:

A ministra do Ambiente lembrou-se de dar prova da sua existência supranumerária e resolveu implicar com os bares de praia. Estes, ficamos a saber, pagam um valor muito pequeno ao Estado, pelo que os preços das águas, cafés, sandes e o mais que more na ministerial cabeça, devem ter limites máximos.

Que a ministra se limitasse a garantir o acesso às praias, que aliás tem valor constitucional, muito bem. Agora que se meta a interferir com o mercado limitando preços sob pretexto de que há toldos caríssimos (só são caríssimos porque há quem os pague) é que faz com que tenhamos, salvo seja, a burra nas couves.

Aqui há muitos anos havia no Algarve um bar de praia reputado por servir um peixe grelhado excelente e ser frequentado por famosos. Não me lembro do nome da praia e creio que o restaurante se chamava Gigi – não sei se ainda existe. Fui lá uma vez e achei cómicos os preços – coisa de fugir, ademais porque havia muitos outros sítios onde o peixe era igualmente bom, e alguns onde talvez não fosse mas a conta não interferia com a digestão. Quer isto dizer que os preços deveriam ser tabelados, impedindo quem não faz contas ou gosta de fingir que não as faz de ter lugares próprios para si? Que ideia, a inveja será natural mas não é fundamento que se aceite para orientar políticas.

Que o diabo leve a ministra se também estabelecer um preço máximo para a sandes de presunto belota. Que já estou daqui a ver o comerciante a impingir presunto salgadíssimo debaixo da etiqueta aldrabona. Mas como o Estado sabe muito mas o comerciante ainda mais, por baixo do balcão lá estará a sandes legítima, para aqueles clientes com discernimento e gosto mas que não precisam da facturinha.

É o que temos. Quem ousar dizer que este Governo é liberal ou não sabe o que é o liberalismo ou não conhece o Governo. Eu começo a conhecer.

 

Lápis L-Azuli

Maria Dulce Fernandes, 09.07.25

aaaaa.jpeg

Hoje lemos Stephen King: "Rita Hayaward and Shawshank Redemption"

Passagem a L' Azular: "Eu começava a gostar do seu estilo tranquilo e discreto. Depois de dez anos no rebuliço, como eu já tinha na altura, pode um tipo sentir-se cansado dos fanfarrões, dos berrantes e dos fala-barato. Sim, acho que seria justo dizer que gostei do Andy desde o início".

E, como canta o artista, dez anos é muito tempo, principalmente se forem passados a aturar dislates "dos fanfarrões, dos berrantes e dos fala-barato."

Em ritmo de caracol cansado

Pedro Correia, 09.07.25

mw-1920.webp

 

A 21 de Maio, em entrevista à SIC, André Ventura apressou-se a anunciar a formação de um «governo sombra» comandado por ele e composto sobretudo por «nomes de fora do partido». Intitulando-se «líder da oposição».

Passaram quarenta e nove dias. Até hoje, nem o mais remoto vestígio do tal «governo sombra» (ou sombrio). Que até daria jeito nestes dias de tanto sol.

Imaginemos um primeiro-ministro Ventura a comportar-se assim: rápido, só a falar. Quando toca a agir, segue em ritmo de caracol cansado. O País que espere.

Convém anotar, a propósito: «líder da oposição» é coisa inexistente. Ventura lidera o partido dele, nada mais. Em Portugal, felizmente, não há oposição monolítica: existem oposições diversas e plurais.

DELITO há cinco anos

Pedro Correia, 09.07.25

21523202_SMAuI.jpeg

 

JPT: «Medina mandou pintar o asfalto das ruas de Lisboa, num sortido de cores ao que consta. Não há limites para esta gente. E a malta apoiante? Apoia.»

 

Paulo Sousa: «A minha avó mantinha as galinhas poedeiras até serem muito velhas. Estas aves são sempre secas de carnes e dão um fraco petisco. Quando são mesmo muito velhas esse efeito ainda se acentua e só servem mesmo para fazer canja mas têm de ser cozidas durante muito tempo. A minha avó, que era entendida em muitas coisas e também em cozer galinhas velhas, tinha uma técnica especial. Acrescentava uma rolha de cortiça à agua da cozedura e o bicho ficava comestível mais rapidamente. Era uma boa forma de poupar lenha.»

 

Sérgio de Almeida Correia: «Sabemos todos que a nossa vida pública está pejada de chicos-espertos, aldrabões e vigaristas, e que muitos dos exemplos que nos vão chegando de cima e de classes profissionais que deveriam ser modelos de correcção e de comportamentos éticos e morais irrepreensíveis têm-se revelado pouco edificantes e viveiros de bandidos e de gente pouco recomendável.»

 

Eu: «O nosso país continua entre os 25 mais infectados, tendo recuado apenas um posto: a nossa queda comparativa é muito inferior, por exemplo à do Reino Unido, que há 30 dias estava em 15.º lugar e passou a ter menos infectados por milhão de habitante do que nós. Em termos relativos, somos hoje o sexto país da União Europeia com mais casos de Covid-19, o que explicará, em larga medida, o facto de integrarmos várias listas de nações a evitar pelos turistas no âmbito comunitário.»

Eleições autárquicas (4).

Luís Menezes Leitão, 08.07.25

20210425_092402-1-750x400.jpg

Um concelho onde se verifica um verdadeiro drama político, com contornos de romance de folhetim, é precisamente o de Vila Nova de Gaia. Começou pela perda de mandato do actual Presidente, Eduardo Vítor Rodrigues, condenado à perda de mandato por peculato de uso — uso indevido do veículo de uma empresa municipal — o que o levou a renunciar ao cargo, depois de ter perdido todos os recursos, incluindo no Tribunal Constitucional, apesar de já ter voltado a recorrer para o plenário desse Tribunal. O autarca considerou ridículo o processo, referindo apenas ter feito um desvio para ir à padaria. E efectivamente, como alguns comentadores têm referido, a sanção parece totalmente desproporcionada e muito pouco conforme com o respeito que é devido ao mandato conferido pelos eleitores, que não deve ser retirado pelos tribunais por dá cá aquela palha.

Em qualquer caso, Eduardo Vítor Rodrigues não se poderia recandidatar, pois já estava no terceiro mandato, pelo que o PS apresenta João Paulo Correia como candidato a Gaia. João Paulo Correia está ligado a Gaia, tendo sido Presidente da União de Freguesias de Mafamude e Vilar do Paraíso até 2022, sendo ao mesmo tempo deputado pelo círculo do Porto em várias legislaturas. Tal não impediu, no entanto, que tenha ocorrido a desfiliação do PS por um actual e antigo Presidentes de Junta de Freguesia em Gaia. A situação motivou a habitual troca de galhardetes, uma vez que o Presidente da União de Freguesias de Santa Marinha e São Pedro da Afurada, justificou a sua saída do PS "após mais de 30 anos de militância activa" por entender o partido se afastou "das linhas orientadoras essenciais que historicamente o definiram, deixando para segundo plano os valores e princípios que deveriam ser intransponíveis num partido com a sua história e responsabilidade". O partido em questão não partilha, no entanto, dessa visão, considerando antes a sua saída como "um acto de lamentável oportunismo e de ambição pessoal desmedida".

Perante este ambiente no PS, Luís Filipe Menezes decidiu aos 72 anos voltar a um lugar onde já foi feliz, e voltar a candidatar-se à presidência da Câmara Municipal de Gaia, à frente de uma coligação composta pelo PSD, CDS e IL, sendo acompanhado por Paulo Rangel, como candidato à presidência da Assembleia Municipal. Não temos quaisquer dúvidas de que Paulo Rangel exercerá o cargo de presidente da Assembleia Municipal de Gaia com total dedicação e enorme brilhantismo, em acumulação com o cargo de Ministro de Negócios Estrangeiros em Lisboa ou em viagem pelas capitais da Europa e do Mundo. Quanto a Luís Filipe Menezes, o seu principal projecto para Gaia são as pontes para o Porto, o que me fez recordar um texto que escrevi neste blogue sobre projecto semelhante que apresentou em Junho de 2012. Em qualquer caso, acho que Luís Filipe Menezes tem fortes probabilidades de voltar a ganhar a Câmara de Gaia doze anos depois de a ter deixado e se ter candidatado sem sucesso ao Porto. O seu regresso, tantos anos depois, fará lembrar o regresso do Conde de Monte-Cristo.

DELITO há cinco anos

Pedro Correia, 08.07.25

21523202_SMAuI.jpeg

 

JPT: «Quereis mais, precisais de mais? A lagrimazinha ainda não brotou? Ainda não conseguis meter o que se passa nas caixinhas apropriadas à vossa indignação? Quereis mais? Eis: o filme é duro, três "insurgentes", como chamam aos guerrilheiros islâmicos, que decerto terão feito coisas horrorosas à população, a serem linchados pela tropa. A um deles cortarão a orelha (podereis vê-la, à orelha avulsa) e ele mal reage, já moribundo. Tendes uma lagrimazinha disponível? Ou não cabe nas vossas caixinhas preparadas para a indignação, os antebraços encostados ao torso, os bracinhos erectos trémulos, abespinhados nas certezas próprias, tão justas as vossas, as vozes em falsete, tão ciosos de vós-próprios? Ah, Lisboa, Lisboa...»

 

Eu: «Façamos justiça a [Rui] Rio: ele tem feito esforços hercúleos para transformar o PSD, derrubando o que vinha de trás. Está quase a conseguir derrubar o D da sigla.»

Eleições autárquicas (3).

Luís Menezes Leitão, 07.07.25

Monocolo_do_Bom_Jesus_02.jpg

O município de Braga sempre foi um bastião socialista no Norte do País. Num verdadeiro exemplo do parque jurássico autárquico, que durante décadas se manteve em Portugal, Braga foi dirigida pelo socialista Mesquita Machado entre 1976 e 2013, ou seja durante 37 anos. E Mesquita Machado, como Presidente da Câmara de Braga, tinha ainda imensa influência no Partido Socialista, sendo o seu apoio essencial para a eleição e manutenção do secretário-geral.

A vitória de Ricardo Rio em Braga em 2013 representou por isso um golpe brutal no PS, que acreditou poder recuperar a Câmara a breve trecho. Não teve, porém, qualquer sucesso, pois Ricardo Rio é seguramente um dos melhores autarcas que este país alguma vez viu, não tendo tido por isso qualquer dificuldade em ser sucessivamente reeleito até atingir o limite legal de mandatos em Braga.

Os bons resultados de Ricardo Rio deveriam levar a que o PSD facilmente pudesse conservar a Câmara de Braga. Como aqui se refere, não é, porém, isso o que está a acontecer, uma vez que o PSD decidiu lançar um candidato, João Rodrigues, que é filho do dono de uma gasolineira cliente da Spinumviva, e casado com uma advogada da Spinumviva. Parece haver assim, uma enorme presença da Spinumviva nesta candidatura. Só que, como Montenegro explicou que o nome da empresa se inspirou nas peixeiras de Espinho, que quando vendiam o seu peixe, gritavam o pregão: "É de Espinho, viva!", torna-se difícil que essa origem seja bem acolhida em Braga, que fica a 76km de Espinho, e não é conhecida pela pesca de mar. A não ser que se pretenda convencer os eleitores bracarenses de que afinal o nome da empresa se refere a outra Espinho, freguesia do concelho de Braga. Em qualquer caso, prevejo que o PSD vai entrar em terreno espinhoso para vender o seu peixe nesta campanha.

Prevendo isso, Rui Rocha decidiu assumir, em nome da Iniciativa Liberal, uma candidatura à Câmara de Braga. Em ordem a assegurar um debate eleitoral absolutamente centrado nos problemas da autarquia, já garantiu que o caso Spinumviva nunca será tema de campanha. Pelo contrário, mostrando-se focado no combate às alterações climáticas, referiu ao NOW que "não vai ser uma questão de gasolina, vai ser uma questão de nova energia para Braga". E efectivamente o slogan da campanha é "uma nova energia para Braga", cidade que assim abandonará os combustíveis fósseis e naturalmente as gasolineiras.

Mas, em Braga, os partidos do centro-direita enfrentam ainda a concorrência de outro candidato independente, Ricardo Silva, do Movimento Amar e Servir Braga. O candidato é o actual Presidente da Junta de Freguesia de São Victor, tendo sido eleito em 2013 e 2017 pela coligação liderada pelo PSD, tendo concorrido como independente e vencido essa coligação em 2021, o que justifica a sua ambição de voltar a atingir esse resultado, agora numa candidatura à Câmara.

Sucede, porém, que o PS apresenta um candidato forte, um antigo vereador de Mesquita Machado, que se chama António Braga. Proclamando-se de Braga "de nome e coração", António Braga lança a sua candidatura com o slogan "Somos Braga", o que ninguém poderá dizer que não é absolutamente verdadeiro.

O que me parece é que, com esta proliferação em Braga de candidaturas de centro-direita, esses candidatos arriscam-se a que o concelho volte a ser o bastião socialista que já foi. E nesse caso ficarão a ver Braga por um canudo…

Notas soltas (3)

Paulo Sousa, 07.07.25

Palavras que o vento leva

O deputado que se diz escolhido por Deus para salvar Portugal leu os nomes dos alunos de uma turma de uma escola portuguesa durante uma sessão parlamentar. Os nomes era claramente de origem estrangeira. Afirmou ainda que “estes senhores são zero portugueses”.

 

Escrito na pedra

Armando Mucochua Chunguane
Cavante Chandé
Costa Loherieque
Cunene Bapolo
Damuno Vassu Canencar
Fabião Valemuane
Giemba Sabão
Isaac Chivera
Justo Senda
Lumbo Quisangue
Mamudo Asby
Nhamadina Vulai
Paulo Mungobo
Paulo Mutarre
Sambuano
Varmali Lalubhai Dulobobhai
Willissone Dumba

Nomes, que escolhi ao acaso, da incorporação de 1961 de combatentes que morreram ao serviço de Portugal. Todos estes, e muitos mais, estão registados no monumento aos combatentes da Guerra do Ultramar em Belém.

DELITO há cinco anos

Pedro Correia, 07.07.25

21523202_SMAuI.jpeg

 

Eu: «A nova secretária-geral da CGTP diz-se "representante dos trabalhadores" sem fazer a menor ideia, por experiência própria, do que é o trabalho em Portugal. Chegou aos 60 anos sem nunca ter conhecido a amarga experiência do desemprego, sem jamais lhe faltar o salário ao fim do mês, ignorando o que é trabalhar sem auferir dois subsídios - o de férias e o de Natal - ano após ano, sem falhar um. Isabel Camarinha exerce há quatro décadas como funcionária da própria central sindical. Apregoa o exercício permanente do direito à greve sem ela própria jamais ter feito greve: a sua entidade patronal não lhe perdoaria tal atrevimento. Eis o exemplo supremo da endogamia reinante na CGTP, estrutura cada vez mais encerrada na própria bolha e divorciada do país real.»

Dalai Lama: 90 anos

Resistente tenaz ao totalitarismo

Pedro Correia, 06.07.25

14th-Dalai-Lama-2008.webp

 

O Dalai Lama, galardoado em 1989 com o Prémio Nobel da Paz, é hoje especialmente enaltecido por milhões de devotos e admiradores em todo o mundo: celebra-se o seu 90.° aniversário natalício.

É a notícia do dia: não encontro outra mais importante.

A força espiritual deste homem, Tenzin Gyatso de seu nome, impõe-se perante a força bruta de um sistema totalitário que tenta há 75 anos asfixiar a identidade dos tibetanos. 

Sem o conseguir. Porque eles resistem, agora e sempre.