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Delito de Opinião

As falsas notícias

Helena Sacadura Cabral, 25.01.24

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No reino da informação, onde as notícias fluem como rios de palavras, existe um fenómeno sorrateiro que se infiltra como uma correnteza traiçoeira: a notícia falsa.

Imagine um mundo onde as notícias ruins são como tempestades, e as falsas notícias, os raios que iluminam o céu da desinformação. Num instante, somos envolvidos pela escuridão de uma narrativa distorcida, enquanto trovões de desconfiança ecoam em nossas mentes. É nesse momento que a verdade se torna a vítima silenciosa, sufocada pelo estrondo retumbante de uma notícia malévola.

No entanto, no meio da tempestade de desinformação, há uma oportunidade de enfrentar as nuvens negras com a luz da razão. Encarar uma notícia falsa é como desvendar um enigma, um desafio que exige paciência, discernimento e uma pitada de cepticismo. Como um detective da verdade, devemos examinar cada detalhe, cada palavra, com a lente afiada da análise crítica.

Ao invés de sermos vítimas passivas, tornamo-nos os protagonistas de nossa própria narrativa. É como se estivéssemos navegando num mar revolto, desafiando as ondas da desinformação com o barco resistente da pesquisa e da verificação. Em vez de sermos arrastados pelo fluxo da notícia falsa, erguemos as velas da dúvida saudável, guiando-nos em direção à verdade, mesmo quando as águas estão turvas.

Encarar uma notícia falsa requer uma mentalidade resiliente, uma armadura feita de conhecimento e discernimento. Cada desafio lançado por uma notícia distorcida é uma oportunidade para aprimorar as nossas habilidades de discernimento, para afiar nossas espadas mentais contra a maré de desinformação.

Então, da próxima vez que deparar com uma notícia falsa, não se curve diante dela como um espectador impotente. Erga-se como um guerreiro da verdade, armado com o escudo da razão e a espada da investigação. Neste reino digital, a batalha pela verdade é travada não apenas nos campos de notícias, mas nas mentes e corações daqueles que se atrevem a desafiar a maré da desinformação.

Um Woody demasiado amargo

Helena Sacadura Cabral, 23.12.17

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Tempos houve em que bastava aparecer o nome de Woody Allen, para eu não descansar enquanto não visse a sua última obra. E, mesmo quando ela era inferior ao que dele esperava, nunca dava o meu tempo por perdido, porque havia sempre qualquer coisa naquele humor acre, que se apoderava de mim e me dava a noção de que não fora em vão a hora que lhe dedicara.

Assim, mal soube que estreara uma nova película, decidi que era mesmo neste tempo tão triste para mim, por evocar a morte da minha mãe, que eu iria vê-lo. Precisava, mesmo, daquela graça subtil, daquele amor ácido pela América que o não compreendia e que ele, afinal, tanto amava.

Todos envelhecemos. Allen não é excepção e as suas ultimas obras já evidenciavam um desgaste nos temas, sempre abordados, das dificuldades do amor. 

Mas umas pessoas envelhecem melhor que outras. Ou fazem-no de uma forma menos triste, acreditando que o futuro, embora mais curto, ainda pode existir. Aliás, só mesmo uma tal crença é que pode levá-lo, com quase oitenta anos, a fazer novos filmes.

Esta Roda Gigante cuja realização e argumento pertencem a Woody, decorre em Nova Iorque, na década de 1950. Num parque de diversões em Coney Island, Ginny é uma ex-actriz que vai fazer quarenta anos, trabalha como empregada de mesa, é casada com o operador do carrossel e começa a sentir a vida passar-lhe ao lado.

Um dia, conhece Mickey, um jovem nadador-salvador que sonha tornar-se escritor, por quem se apaixona perdidamente, mas que terá de disputar com a enteada, quando esta regressa inesperadamente a casa fugida do marido. Ginny entra num turbilhão de ciúmes e acabará a  exceder-se quando percebe a atenção que o jovem amante dedica à filha do marido. 

Entre as duas nasce uma rivalidade que acaba por colocá-las numa situação particularmente delicada. Não há aqui nada de novo. O realizador sempre se ocupou das relações conturbadas que o amor pode corporizar. Mas neste filme o peso da amargura é excessivo porque apenas revela o "lado sem saída" daquilo a que se apelida de amor. E Kate Winslet dá, de facto, de modo notável, a imagem desse sentimento avassalador.

É uma película com um travo demasiado amargo para o meu gosto, que tenho uma idade muito próxima da do realizador. 

Há sempre uma saída. O problema reside no que acontece, quando a não procuramos, e preferimos submergir...

Saber demais...

Helena Sacadura Cabral, 17.12.17

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Sei muito bem quem gasta dinheiro em copos e mulheres” terá dito o Ministro das Finanças ao Expresso. Sempre me pareceu que havia algo misterioso na pessoa de Mário Centeno. Lembra-me, sei lá porquê, aquelas crianças rabinas, com ar bem comportado, que mal os adultos se distraem, pregam um valente susto ou fazem uma grande maldade, sempre com o mesmo “ar de quem não fui eu”. Apesar de não ter lido o artigo, aquele cabeçalho pôs-me de sobreaviso porque, confesso, o que eu verdadeiramente não esperava é que ele pudesse conhecer quem gasta dinheiro em copos e mulheres...Não fazia, para mim, o seu estilo. Erro meu, está de ver. Bem dizia a minha avó Joana, essa santa e sábia senhora que, às vezes, as caras enganam e as surpresas vêm de quem menos se espera. Depois de ler este título até estou na dúvida se, na minha idade, devo ousar ler noticias destas!

O Blog da semana

Helena Sacadura Cabral, 17.12.17

Gosto de cozinhar e gosto de comer. Por isso escolhi um blog que aborda a culinária com receitas que têm algo de “exquis”. E, como no Delito de Opinião se fala sempre de assuntos muito sérios que, por norma, têm a política partidária como tema central - que me interessa pouco -, resolvi nesta época do ano presentear-vos com uma opção que fosse original. Assim o blog que escolhi chama-se Templo dos Sabores em http://templodossabores.blogspot.pt. Aqui fica a sugestão para aprender coisas diferentes dos incêndios, de Tancos, e até das Raríssimas!

Eu gosto e preciso de rir

Helena Sacadura Cabral, 11.12.17

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Tive, quando era muito nova, em Audrey Hepburn - essa actriz invulgar -, um dos meus raros ídolos femininos. Hoje, folheando umas coisas que escrevi, encontrei esta frase dela. Precisamos tanto de rir, sem que disso nos demos conta. 
Audrey não teve uma vida muito feliz. Mas soube, sempre, mesmo nos momentos mais difíceis, sorrir. Que sábia ela era e que bem me soube recordar e partilhar esta sua afirmação!

Quantos anos tenho?

Helena Sacadura Cabral, 09.12.17

Tenho a idade em que as coisas são vistas com mais calma, mas com o interesse de seguir crescendo.

Tenho os anos em que os sonhos começam a acariciar com os dedos e as ilusões se convertem em esperança.
Tenho os anos em que o amor, às vezes, é uma chama intensa, ansiosa por consumir-se no fogo de uma paixão desejada. E outras vezes é uma ressaca de paz, como o entardecer em uma praia.
Quantos anos tenho? Não preciso de um número para marcar, pois meus anseios alcançados, as lágrimas que derramei pelo caminho ao ver minhas ilusões despedaçadas…
Valem muito mais que isso.
O que importa se faço vinte, quarenta ou sessenta?!
O que importa é a idade que sinto.
Tenho os anos que necessito para viver livre e sem medos.
Para seguir sem temor pela trilha, pois levo comigo a experiência adquirida e a força de meus anseios.
Quantos anos tenho? Isso a quem importa?
Tenho os anos necessários para perder o medo e fazer o que quero e o que sinto.
 
Estas foram as palavras de José Saramago que hoje me apeteceu tornar minhas no dia do meu aniversário. É assim que eu me sinto!

A morte

Helena Sacadura Cabral, 24.11.17
 

Morreu hoje o Pedro Rolo Duarte. Era uma morte anunciada para quem, como eu, viveu há cinco anos, exactamente a sua história. 
Talvez por isso, o meu primeiro pensamento vá para a sua mãe, a quem a vida acaba de roubar o bem mais precioso e, só depois, para o filho. Para este, haverá sempre uma lógica temporal, que não existe no caso da sua avó. Nenhuma mãe deveria, alguma vez, passar por isto.
Finalmente, o meu pensamento vai para os amigos que sempre lhe serviram de esteio e jamais o abandonaram. E eram muitos. Muitos, mesmo!
Conheci o PRD há muitos anos quando, com o Miguel Esteves Cardoso, o meu saudoso MEC, faziam aquela inesquecível revista chamada KAPA. E era eu quem lhes tinha sempre de cortar os orçamentos. Não foi, assim, um primeiro encontro fácil dado que era olhada como aquela que lhes cerceava os sonhos. Havíamos de, aos poucos, ir resolvendo esses problemas já que, com o lançamento da minha FORTUNA, passei a ter mais projectos para gerir. Mas ele e eu  havíamos de nos cruzar noutros aventuras.
Depois, amigos comuns juntaram-nos na GRUPA, esse conjunto de gente de quem eu podia quase ser a "avozinha", mas que me tem dado muito bons momentos. Aí conheci um outro Pedro, que o tempo havia transformado e enriquecido. 
Era um homem livre, que dizia o que pensava, uma cabeça que não parava, um comunicador excelente, uma verdadeira força da natureza. Não conseguiu vencer essa besta que é o cancro. Mas julgo poder dizer que na batalha da vida, ela a dominou e terá sido um homem com muitos momentos felizes!

Solidariedade

Helena Sacadura Cabral, 29.10.17

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Ricardo Araújo Pereira começou esta semana, sozinho e por iniciativa própria, uma série de espetáculos solidários de apoio às vítimas dos incêndios. Vai no seu carro, sem qualquer espécie de acompanhamento e percorrerá as zonas mais sinistradas, para lhes trazer o conforto do humor, de que tanto devem carecer. Humor esse que que se irá transformar em dinheiro, integralmente destinado a minorar o sofrimento dessas gentes.

Confesso que sempre me impressionou quem mete mãos à obra, sozinho, usando e oferecendo aquilo que tem. No caso de Ricardo Araújo Pereira, a decisão que tomou merece, da minha parte, os maiores elogios, porque não sei se haveria muita gente capaz de fazer o mesmo. Para mim, ele ganhou um lugar muito especial no campo da solidariedade, porque não só contribui, mas também se envolve diretamente na acção.  

Eu que até não simpatizava muito com ele em determinada altura da minha e da sua vida, dou a mão à palmatória. Trata-se, de facto, de uma pessoa que merece a minha admiração, num campo em que sou sempre muito cautelosa. Aqui fica, portanto, o meu testemunho!

Porque será?!

Helena Sacadura Cabral, 24.10.17
Apetecia-me dizer que "estou a ficar velha". Mas seria profundamente ridícula, porque se há alguma coisa que sou, é velha. E, confesso, cada vez gosto mais de o ser...
É que os azares e as desventuras são tantas que, às vezes, tenho dificuldade em acompanhar o dia a dia, embora me considere uma pessoa interessada pelo mundo que me cerca. 
Não, não me estou a referir a Portugal em particular. Estou a referir também a Espanha, o Reino Unido - que de unido vai tendo cada vez menos-, a Alemanha, a Timor, enfim a esta sociedade actual, que parece regredir quando, surpreendentemente, a evolução tecnológica deveria fazê-la progredir.
Porque será que quanto mais evoluímos, menos humanidade revelamos?!

 

Só por isto?

Helena Sacadura Cabral, 19.10.17

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O país anda tão triste, que já nem reage às noticias que vem recebendo. Agora foi o armamento roubado de Tancos que apareceu, vejam lá, ali ao lado, ao que julgo na Chamusca, todo bem embaladinho. Todo, todo não, porque parece que ainda faltavam umas "balitas", daquelas que nas Glock parece que matam bastante rápido.
Enfim, como não sou especialista e tudo isto tem avariado  o meu coração, entre incêndios, Catalunha e armamento, até corro o risco de trocar o nome das regiões e o dos responsáveis. Se assim for, desculpem, porque é do stress em que tenho vivido desde sábado.
O que não consigo é deixar de perguntar a mim própria - já que os "outros" não me respondem - como é que tudo isto aconteceu. Lembram-se que o ministro da pasta, há uns dias, até admitia que não tivesse havido roubo? 
Não tivesse havido roubo? Mas se o governante se atreveu a dizer isto, teve uma enorme premonição. É que o material estava tão pertinho de Tancos e tão bem acondicionado, que é bem capaz de Azeredo Lopes ter razão. Aquilo não foi roubado, foi apenas deslocado  E é por isso, por ter sido apenas deslocado, por esse pequeno movimento aleatório, que estão a pedir a cabeça do ministro? Francamente, com exigências destas daqui a pouco ninguém quer ser ministro!

Momento único

Helena Sacadura Cabral, 14.10.17

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Portugal vive um momento único e original. Se não relembremos sem ordem nem pontuação que o Ministério Publico concede entrevistas, os banqueiros e os empresários suspeitos de má conduta mantêm o mesmo estilo de vida, o Orçamento é apresentado antes de tempo, mas fora de horas, a reunião que se lhe segue decorre de madrugada, Madona vive em Portugal e diz-se encantada, os portugueses estão felizes como as cigarras costumam estar antes do inverno chegar, a dívida sobe paulatinamente mas ninguém parece lembrar-se da formiga que amealha no bom tempo para sobreviver na tempestade, os sindicatos só falam na função publica, esquecendo que há quem não tenha o Estado como patrão, o relatório sobre Pedrogão Grande é arrasador mas a ministra, tendo mesmo ao seu lado António Costa, afirma que se não demite, pese embora ja tenha demitido um responsável, que já fora readmitido e agora volta a ser demitido. Confuso? Nada! 

É o Portugal europeu, aquele que até já saíu do lixo de uma agência, pejado de turistas, comprado por chineses e paraíso fiscal para todos menos para aqueles que aqui tiveram a sorte de nascer e resolveram ficar. Amália e o Marceneiro, sim, é que nos haviam de cantar... mas azar nosso, já morreram e faltam-nos poetas para propalar o tal momento único e original! 

A devida homenagem

Helena Sacadura Cabral, 30.09.17

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É bonito quando os alunos se juntam para lembrar aquilo que devem a um grande professor. Não é só reconhecimento: é generosidade e inteligência. É pensar nas gerações futuras. Actualiza a gratidão, mantém a memória e refresca a toponímia. É o que estão a fazer os médicos que foram alunos do João Lobo Antunes. Juntaram-se imediatamente milhares de outras pessoas cujas vidas foram melhoradas, academicamente, pessoalmente e medicamente pelo grande professor, investigador, neurocirurgião e ensaísta. São muitas pessoas: a gratidão é gigante. A lista não acaba: o que é difícil é detectar quem é que não está lá.” 

                                 

                    Miguel Esteves Cardoso in Público

 

A ideia é dar o nome de João Lobo Antunes ao novo edifício que se está a construir na Faculdade de Medicina de Lisboa e que vai substituir o Instituto Bacteriológico Câmara Pestana.

Não seria apenas uma homenagem. Seria uma forma de agradecimento a um homem que levou a vida a salvar outras vidas e um exemplo e estímulo para os jovens alunos, investigadores e médicos que o irão frequentar.

Cabecinhas pensadoras...

Helena Sacadura Cabral, 15.09.17

Depois dos caderninhos "pró menino e prá menina" postos fora da vista a conselho do Governo, surge agora outra medida brilhante, também de carácter proibicionista. 

De certo assustado com a elevada taxa de abstencionismo e prevendo um Sol outonal que, no futuro, se prolongue, de que é se lembrou o Executivo? Apenas e só da eventualidade de tornar os dias eleitorais interditos à prática do futebol profissional.

Alguém de perfeito juízo acredita que quem queira votar o não faça por um jogo de futebol? Será que, após quatro décadas de democracia, as cabeças pensantes deste país julgam que nós somos todos idiotas e precisamos de ser forçados a fazer aquilo que não queiramos fazer?

Será que esta protecção paternalista do Estado também considerará a hipótese de fechar cinemas, hospitais, Igrejas, praias e piscinas, para que os portugueses, como criancinhas, decidam ir votar, estando as mesas de voto abertas por 11horas?

Valha-nos Santa Engrácia, porque a ideia que os nossos governantes têm de nós é lamentável. Quem quiser abster-se fa-lo-á em qualquer circunstância. Quem entender o voto como um acto de cidadania, não deixa de o cumprir por causa de 2 horas de futebol. Metam isso na vossa cabecinha pensadora...

À atenção dos diabéticos

Helena Sacadura Cabral, 15.09.17

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 A marca de batatas "LAYS no forno originais" tem no mercado embalagens cuja informação sobre o valor nutricional está errada e a sua compra por parte de diabéticos pode constituir um enorme risco.

Com efeito, na rotulagem das mesmas há um "erro tipográfico" na descrição dos hidratos de carbono. Na embalagem está escrito que tem 12 gramas de hidratos por cada 100 gramas de batatas, mas na verdade tem 72 gramas.
"O erro de informação está nas embalagens do mercado espanhol e português", indicou o gabinete de comunicação da PepsiCo, detentora da Lay's.
A marca foi alertada acerca deste erro em Agosto, por membros de um grupo no Facebook para doentes diabéticos. Mas, depois, uma das pessoas desse grupo foi a França e confirmou que lá também se passava o mesmo.
De novo contactada, em resposta, a Lay's escreveu: "Informamos que realmente se trata de um erro. Muito obrigado por nos avisar. Estávamos cientes do ocorrido e quando tivermos uma oportunidade iremos modificá-lo". 
O que a marca tinha a imediata obrigação de fazer era "um comunicado público, de alerta". Infelizmente não o fez. Por isso aqui divulgo a notícia, que já pôs em risco algumas pessoas com diabetes!

 

O blog da semana

Helena Sacadura Cabral, 03.09.17

Conheci o seu autor há muitos, muitos anos. Apesar disso, a palavra não só não esmoreceu, como o espírito até refinou. Continua a manter uma cultura impressiva e um saudável sentido do humor, numa prova de que o rolar do tempo sobre alguns de nós pode, afinal, constituir também uma preciosa mais valia!

A minha escolha para o blog da semana vai, assim, para Retrovisor em http://retrovisor.blogs.sapo.pt/. É uma casa que visito com frequência porque nunca tem banalidades e nunca ilude ou frustra a minha capacidade de olhar o mundo que me cerca.

Porque não há-de ser assim?

Helena Sacadura Cabral, 29.08.17

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Às vezes gosto de me expressar através das palavras dos outros. Acontece quando, pela sua simplicidade, vão directas ao meu coração e não à minha razão, embora esta as não descure.
As questões levantadas pelo quadro que reproduzo acima sintetizam tanto e tão bem o que penso sobre aquilo que vivemos que decidi partilhá-las convosco. 
É uma pagela que tenho à minha frente, na mesa onde trabalho. De vez em quando sabe-me bem olhar para ela! 

Quem responde?

Helena Sacadura Cabral, 17.07.17
Passa hoje um mês sobre a tragédia de Pedrogão. Outros incêndios se detectaram, entretanto. Agora foi em Alijó, onde mais uma vez o SIRESP não funcionou... Admite-se?
Entretanto e com tantas doações amealhadas, eu não consigo perceber bem quem é o fiel depositário do dinheiro que foi enviado. Mas algo parece evidente: é que ele não começou ainda a ser distribuído e aplicado. De que é que se está à espera, já que não é dinheiro público que está em causa, mas sim dinheiro que, solidariamente, os portugueses doaram aos que tanto sofreram e sofrem.
A União das Misericórdias depositou-o nalgum banco? Em qual? E em que conta? Era bom sabermos. Os sacrifícios daqueles que ajudaram merecem conhecer o destino dado àquilo que doaram!