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Delito de Opinião

Uma cronologia

José António Abreu, 23.10.17

1996

Secretário de Estado da Administração Interna Armando Vara retira a Força Aérea das operações de combate aos incêndios florestais, como sucedia até então e como ainda sucede nos países europeus mais expostos a este tipo de risco (Espanha, França, Itália e Grécia).

 

2006

Ministro da Administração Interna António Costa extingue a Guarda Florestal, recusa a compra de dois aviões Canadair (parcialmente com fundos da União Europeia), mantém o enfoque no combate privado aos incêndios e renegocia o contrato do SIRESP com ajuda do amigo Diogo Lacerda Machado (hoje na TAP, então advogado da Motorola, parte integrante do consórcio vencedor), não apenas abdicando de várias valências como ignorando uma alternativa mais barata (da Optimus).

 

2016

Em ano de «viragem da página da austeridade», governo liderado por António Costa reduz orçamento para a Protecção Civil e para o combate a incêndios de 229 para 208 milhões de euros. Ministra da Administração Interna Constança Urbano de Sousa enfia na gaveta um estudo preparado pelo governo anterior que preconizava o regresso da Força Aérea ao combate aos incêndios.

 

2017

Mais de 500 mil hectares de área florestal são consumidos pelas chamas e mais de cem pessoas morrem na sequência de incêndios florestais. Forçado pelas circunstâncias e pelo Presidente da República, Primeiro-Ministro António Costa anuncia alterações ligeiras ao SIRESP e o regresso à Força Aérea da gestão dos meios aéreos de combate a incêndios, em moldes ainda pouco claros.

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