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Delito de Opinião

Tudo como as mães, menos celebrar missa

Rui Rocha, 09.05.15

Depois de há uma semana ter mostrado ao mundo como se pode instrumentalizar de forma cretina o drama de uma criança para promover uma cruzada, o Padre Portocarrero de Almada decidiu agora dedicar uma crónica ao tema da exploração das mulheres trabalhadoras. O cerne da questão estará, na palavra do bondoso sacerdote, na hostilidade e desconfiança com que as entidades patronais encaram a maternidade. Está bem visto e é verdade. Aliás, se dúvidas houvesse, aí teríamos o exemplo das irmãzinhas dos conventos do Estado do Vaticano que, afastadas que estão da condição da maternidade por chamamento e voto de castidadade, gozam de imediato de uma assinalável paridade de tratamento face aos bispos, arcebispos e cardeais purpurados. Percebe-se assim o notável grito do padre tão pio em favor das mulheres: que as mães possam ser tudo o que quiserem profissionalmente e que as suas filhas possam fazer tudo, como as mães. Tudo menos, naturalmente, celebrar missa.

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