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Delito de Opinião

Reflexão do dia

Pedro Correia, 28.01.14

«Os putativos estadistas de esquerda, dentro e fora do PS, terão de responder ao enigma da tragédia nacional, que a esfinge da austeridade nos coloca: "dentro da zona euro, como está, sucumbiremos de agonia; fora da zona euro, implodiremos com estertor. Como sair daqui?" São as respostas concretas que alimentam uma liderança. A pose não chega. Seguro ainda não convence. E os outros? Alguém conhece as respostas de Costa, Louçã, Carvalho da Silva, entre outros, ao enigma de que depende o futuro de Portugal? O País pede à esquerda rigor, e não telegenia. Realismo, e não propaganda. O melhor será que os velhos e novos campeões da esquerda se concentrem na decifração do enigma, em vez de aumentarem ainda mais a autofagia nas suas hostes.»

Viriato Soromenho-Marques, no Diário de Notícias

3 comentários

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    Pedro Correia 28.01.2014

    A esquerda portuguesa enfrenta desde os tempos revolucionários um dilema nunca até hoje solucionado: só converge na oposição, mostrando-se incapaz de convergir para alternativas de governo.
    Por sectarismo ou miopia, continua a ser muito mais aquilo que separa os partidos de esquerda do que aquilo que os une. Como aliás se tem visto em questões de menor dimensão política como a impossibilidade revelada nas recentes eleições autárquicas de candidaturas 'unitárias' ou nas quase quatro décadas de poder jardinista na Madeira sem a formação de uma frente de oposição comum.
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    Carlos Duarte 28.01.2014

    Caro Pedro Correia,

    Mesmo na oposição, as opiniões coincidem na oposição e não tanto na alternativa.

    A Esquerda sofre muito de um complexo de superioridade ideológica, em que cada "facção" considera-se como detentora da verdade absoluta (ou científica, para os mais Marxistas). Ora, nesses casos, em que a ideologia se aproxima da religiosidade, torna-se muito díficil o consenso se este implica cedências. Ninguém quer abdicar uma iota das suas ideias e, como consequência, o entendimento é impossível.

    Cabe (ou caberia) ao PS ser, dentro da esquerda e porque é ainda um partido de "centro", assumir algum pragamatismo nas suas posições. Infelizmente, por um conjunto de circunstâncias sobejamente conhecidas, tal é muito díficil hoje, o que acaba por deixar o futuro do País num local incómodo e poder mesmo, em última análise, "devolver" o poder ao PSD e CDS nas próximas legislativas.
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