Rectificação à entrevista.
Recordo-me de há muitos anos, quando Mário Soares era líder da oposição ao governo Balsemão, ter querido posicionar o PS mais ao centro, pelo que deu uma entrevista a acusar a União Soviética de ter um plano secreto para desestabilizar a Península Ibérica. A Embaixada Soviética apareceu então com um comunicado a dizer que Mário Soares estava "mentalmente doente e necessitava de um prolongado tratamento". A indignação foi tanta, até porque foi interpretada como uma referência ao "tratamento" dado aos opositores na União Soviética, que a Embaixada sentiu necessidade de corrigir a resposta e explicou ter havido erros de tradução. Onde se lia "mentalmente doente" deveria ler-se "com uma imaginação doentia" e o "prolongado tratamento" referia-se antes às declarações e não à pessoa de Mário Soares.