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Delito de Opinião

Presidenciáveis (43)

Pedro Correia, 05.05.15

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António Lobo Xavier

 

Seria um candidato com sólidas credenciais de direita, mas sem perder pontes de contacto à sua esquerda. Ainda por cima com a vantagem de ter uma tribuna semanal com audiência fixa na televisão em que pode exibir o seu discurso muito articulado durante quase 15 minutos sem contraditório (excepto quando é interpelado pelo representante da ala esquerda do painel, Pacheco Pereira).

Lobo Xavier é do CDS desde pequenino: já aprendeu muito e não esqueceu quase nada. Fiscalista reputado, chegou ao primeiro plano da vida política como presidente do grupo parlamentar democrata-cristão no tempo em que a bancada cabia numa cabina telefónica. Mas não tardou a trocar a trepidação da política pelo conforto da vida empresarial, muito mais monótona mas bastante mais bem remunerada.

Há quem jure, no entanto, que este jurista de 55 anos, signo Balança, jamais dirá a palavra nunca se souberem desafiá-lo a rumar em direcção ao Palácio de Belém. Mais a passo do que em corrida, para faz jus à sua fama de homem tranquilo.

 

Prós - Percebe de finanças e consta que tem uma vasta biblioteca. Portista convicto, é um dos raros compatriotas que conseguem pronunciar correctamente o nome de Lopetegui. Está habituado a sair com estilo e garbo de qualquer Quadratura do Círculo. Goza de apoio Público: é membro do Conselho de Administração da empresa proprietária do jornal.

 

Contras - Nas histórias infantis o Lobo é sempre mau. Os seus escassos inimigos asseguram que até o Rato Mickey seria capaz de o derrotar nas urnas. Nunca nenhum Presidente da República teve origem no CDS: o que andou mais perto foi Freitas do Amaral e depois disso não voltou a ser o mesmo. 

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