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Delito de Opinião

Oxalá 2017 também seja assim

Pedro Correia, 01.01.17

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Longe vão os anos em que devorava livros atrás de livros e conseguia ler mais de setenta em cada ciclo de 12 meses. Mas para 2016 a minha meta concretizou-se, entre leituras e algumas releituras voluntárias ou obrigatórias.

Não contabilizo os livros que deixei a meio, aqueles de que só li uns quantos capítulos para efeitos de algum trabalho que tivesse entre mãos ou aqueles a que retornei por episódica curiosidade de leitor nostálgico em busca de fragmentos de um tempo que já não volta. Foram 48, no total.

Média de quatro por mês, exactamente como tinha previsto.

 

Os romances dominaram - característica que mantenho desde a adolescência. Mas houve também conto, novela, ensaio, memórias, teatro, os policiais de que nunca abdico.

Algumas obras-primas da literatura que há muito constavam da minha lista de prioridades: Júlio César e Macbeth, de Shakespeare; Lolita, de Nabokov; Diário de uma Criada de Quarto, de Octave Mirbeau, Revolutionary Road, de Richard Yates. O fabuloso Spartacus, de Howard Fast. Estimulantes romances já deste século: Telex de Cuba (Rachel Kushner), O Segredo dos Seus Olhos (Eduardo Sacheri), Cartas por um Sonho (Ángeles Doñate). 

Umas quantas boas surpresas (Butterfield 8, de John O'Hara; Forrest Gump, de Winston Groom; Mãe, de Pearl Buck; Duelo ao Sol, de Niven Busch). E outras quantas decepções (Os Homens e os Outros, de Elio Vittorini; O Carteiro de Pablo Neruda, de Antonio Skármeta; Crash, de J. G. Ballard; O Gato e o Rato, de Günter Grass).

 

Foi um ano que me permitiu visitar ou revisitar Kafka, Steinbeck, Camus, Remarque, Vinicius, Chandler, Simenon, Colette, Daphne du Maurier, Oscar Wilde, Rubem Fonseca.

Ou Eça, Lídia Jorge e Manuel Alegre, entre os portugueses.

 

Gostava que 2017 também fosse um ano assim.

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