Ana Gomes, eurodeputada do PS:
«Mais do que uma vitória da coligação há uma derrota do PS. O partido, mais do que nunca, tem que fazer uma análise nos órgãos próprios.»
Carlos Silva, secretário-geral da UGT:
«Não me parece que as forças à esquerda do Partido Socialista dêem garantias de estabilidade em relação ao futuro.»
Carlos Zorrinho, ex-líder parlamentar e eurodeputado do PS:
«Os eleitores que confiaram no PS não perdoarão uma troca dos seus votos por cargos de poder. Esperarão, antes, o uso desses votos para concretizar melhorias concretas na vida do País e nas suas vidas.»
Eduardo Marçal Grilo, ex-ministro da Educação do governo Guterres:
«O País está entalado. Governo à esquerda será um enorme desastre.»
Eurico Brilhante Dias, deputado e ex-membro do Secretariado Nacional do PS:
«Quem perde as eleições deve ir para a oposição. Um governo minoritário do PS que substitua um governo minoritário da coligação, tendo esta ganho as eleições, é politicamente pouco sustentável e é um governo que começa politicamente fragilizado - se assim for. O mais razoável é que a coligação e o PS cheguem a um entendimento.»
Francisco Assis, ex-líder parlamentar e eurodeputado do PS:
«Quanto à perspectiva de se constituir uma maioria assente num apoio parlamentar dos partidos de esquerda, mantenho o cepticismo que sempre tive. Entendo que subsistem divergências de tal modo insanáveis que não vislumbro a possibilidade de se constituir um Governo de coligação – o que me parece absolutamente impensável.»
Helena Freitas, deputada e cabeça de lista do PS por Coimbra:
«Passos Coelho ganhou as eleições e tem todo o direito a governar. (...) Uma maioria que não se apresentou aos eleitores e portanto, para efeitos de governo, não existe, não é legítima.»
João Proença, ex-secretário-geral da UGT:
«O PS está a subverter os resultados eleitorais e isso é perigoso.»
José Lello, ex-ministro e deputado do PS:
«Esses indivíduos do BE e do PCP não estão a ser sérios. Há 15 dias diziam uma coisa totalmente diferente. Não vão aceitar o euro nem o Tratado Orçamental nem coisa nenhuma. Eles mudaram assim tanto?»
José Luís Carneiro, líder do PS/Porto, a maior distrital socialista:
«Quem ganha as eleições deve ter condições para governar.»
José Vera Jardim, ex-ministro da Justiça e membro da Comissão Política do PS:
«Vejo o diálogo com a coligação PSD/CDS. Com a esquerda não vejo capacidade nenhuma de diálogo.»
Luís Bernardo, ex-assessor de António Guterres e ex-director de comunicação de José Sócrates:
«O PS tem de virar a página. Terminar este seu ciclo santanista com uma liderança sustentada por uma elite que a todo o custo se quer perpetuar na política.»
Rui Paulo Figueiredo, deputado do PS:
«Não acredito numa solução de entendimentos pontuais do PS com os partidos de esquerda.»
Sérgio Sousa Pinto, ex-líder da JS e membro do Secretariado Nacional do PS:
«Os comunistas não querem ir para o governo. Como também não o quer o Bloco. Não lhes interessa partilhar o fardo de governar. Querem um governo fraco do PS, para derrubarem quando for oportuno.»
Vital Moreira, constitucionalista e ex-deputado do PS:
«Trazer o PCP e o BE para a esfera do governo pode ser uma receita para o desastre.»
Vítor Ramalho, membro da Comissão Política do PS:
«A direita, tendo tido mais votos que o PS, deve governar.»