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Delito de Opinião

O voo do quetzal

Sérgio de Almeida Correia, 15.09.14

Na sua longa viagem que vai levá-los a percorrer vários palcos na Ásia, e antes de rumarem a Tóquio, os Sisay resolveram fazer uma escala técnica no Auditório das Casas-Museu da Taipa. Depois de há algumas semanas por ali ter passado o saxofone de Antonio Hart, desta vez foi a fusão do jazz contemporâneo com sonoridades tradicionais dos Andes, com a riqueza de todos os seus instrumentos típicos, de sopro, cordas e percussão, que me dirigiu para aquele pequeno espaço, junto à tranquilidade dos nenúfares e das aves da lagoa que tem por fundo o novo riquismo do Venetian, os néones da City of Dreams e, ao longe, esbatidas pelas primeiras cores do entardecer, as luzes douradas, azuis, verdes, vermelhas, lilases, das cúpulas kitsch do Galaxy. Durante duas horas, dos temas regionais do seu Equador natal, passando pela Bolívia, Chile e Perú, por vezes com um cheirinho mexicano, sempre com um ritmo capaz de fazer abanar os mais sorumbáticos, até melodias mais conhecidas como o inconfundível Bésame mucho de Consuelo Velazquez, El condor pasa, Under the moon ou o popular Tarantella. Desconheço se alguma vez passaram por Portugal, sendo certo que se o fizessem criariam mais uma legião de admiradores. O som nos seus discos e dvd é bom, mas é ao vivo que se torna possível apercebermo-nos de todo o seu esplendor e da riqueza dos instrumentos que utilizam, em especial em temas como Bomba suite, Jari Jari, Tejiendo nubes ou Ecuador suite.

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