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Delito de Opinião

O Luso-portuguesismo

Rui Rocha, 12.02.18

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Em 13 de Fevereiro de 2016, a seleção espanhola de futsal sagrou-se campeã europeia. No dia seguinte, os 3 jornais de referência do país tinham grandes manchetes de primeira página sobre tão extraordinário feito, certo? Errado. Não lhe fazem, sequer, uma minúscula referência. Compare-se isto com o que se pode ver hoje no DN, no JN ou até no Público, ou nas aberturas dos jornais televisivos. Com as homenagens, as condecorações e as recepções a que já assistimos ou que já foram ameaçadas nas últimas horas. Uma das características de sermos pequeninos, não de geografia mas de cabecinha, é não termos a mínima noção da real e relativa importância das coisas. Outra, que no fim é a mesma, é este entusiasmo infantil com qualquer sucesso, por irrelevante que seja, em que se ostente a nossa pobre bandeira. Cada vez que um luso-canadiano, um luso-francês, um luso-nepalês ganha na carica, o país abana em espasmo. Quando a gesta é daqueles portugueses mesmo daqui, quase caímos todos ao mar. No sábado, o fulano que exerce de primeiro-ministro, com apenas 5 minutos de jogo decorridos na primeira parte, já festejava um golo no twitter. Dói ser-se tão tacanho. Dói esta doença a que podemos chamar luso-portuguesismo.

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