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Delito de Opinião

O comentário da semana

Pedro Correia, 10.02.18

«A tecnologia prometeu-nos liberdades. Era promessa sua dar-nos mais tempo para nos cumprirmos como pessoas. A máquina ao serviço do Homem. Mas, como toda a ideia, ela apoderou-se daquele que a pensou e hoje vivemos pela máquina e cada vez mais para a máquina.
Vivemos ao ritmo do artificial.
Não somos hoje mais que uma engrenagem num maquinismo universal e querem fazer-nos crer que devíamos ficar agradecidos pela cintilante prisão.

As novas barras surgem num código, não numa janela.

Um dia, não muito distante, venderemos o corpo, a liberdade sólida, por uma realidade artificial, pressentida, mas não sentida. A máquina será proprietária do nosso corpo em turnos eternos, a troco de uma droga que nos faça esquecer a miserável vida sobrada. E acharemos belas como o pôr do sol as luzes cintilantes de um qualquer plasma.

A máquina toma-nos.

Toda a sensação será artificial, dada por um qualquer interface neuro-electrónico. Aprenderemos em minutos o que hoje levamos anos - apenas para nos tornarem mais longa a pena, e não a Liberdade.

Possivelmente casaremos, por medida, com uma máquina. Com um holograma. Os animais serão substituídos por robots. E erradamente acharemos não necessitar mais da realidade viva do planeta. Do outro. E, nesta ilusão egotista, acabaremos como acessório.

Mão de uma obra eterna.

Antes a morte real do que esta vida "morrida".»

 

Do nosso leitor Vlad. A propósito deste texto do João Campos.

 

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