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Delito de Opinião

O Carlos pagava as férias e o Sócrates pagava os jantares

Rui Rocha, 18.04.18

- Não, ó Carlos. Deixa estar. Eu pago o jantar.

- Ó pá, Zézito, nem pensar. Eu pago.

- Não, pá, eu pago.

- Não, Zézito, a sério, pago eu.

- Eu insisto, Carlos. Não me vais fazer agora a desfeita de não aceitar.

- Mas não há necessidade, Zézito. Eu pago, pá.

- Não, ó Carlos. Já pagaste as férias. O jantar é comigo.

- Pronto, Zézito. Se insistes... paga lá tu.

- Emprestas-me dinheiro?

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