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Delito de Opinião

A mágoa de um Republicano

André Couto, 23.10.15

Vitorino Salomé, Hino da Maria da Fonte 

 

Já somo alguns debates República vs. Monarquia. É um confronto que me dá gozo, o salientar das virtudes da primeira e dos defeitos da segunda. Sim, sou assumidamente faccioso, a minha posição permite-o. Um dos argumentos que mais esgrimi foi o contestar da ideia de alguém ser, desde tenra idade, preparado para o exercício de determinadas funções, neste caso de Rei, e da suposição de que isso o tornaria melhor preparado que os demais. Preferia, dizia eu, cidadãos comuns para Chefe de Estado. Alguém que o Povo escolha pelas suas características e que, investido dessa superior confiança em sufrágio universal, aliado ao seu perfil, saiba exercer essas competências respeitando a Constituição, em nome de todas as portuguesas e de todos os portugueses.
Depois de ontem, a somar aos últimos anos, este é um argumento que dificilmente repetirei. O Povo escolheu o seu Presidente em exercício, nada a dizer, mas o falso à República provou que ela, sendo a melhor via, não o é por aquele argumento.

Mais: mostrou que o sistema é falível pois colocou na cadeira um cidadão comum que é um Presidente de facção, que não celebra a República na sua data fundadora e divide o seu Povo, do qual representa, assumidamente, apenas parte. Temos um Presidente que, no fundo, é um hino à Monarquia.
Resta-nos que os Deputados respondam ao seu apelo divisionista, honrando a Maria da Fonte.

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