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Delito de Opinião

A força de acreditar.

Luís Menezes Leitão, 21.12.15

 

Eu sempre tive a certeza de que o governo e o Banco de Portugal iriam resolver com sabedoria e eficácia a questão do BANIF. Como se viu, só vai ser preciso os contribuintes gastarem € 2.255 milhões de euros para que outro banco possa comprar por € 150 milhões um banco que tem € 12 788 milhões de activos (cerca de 7% do PIB) e € 6 271 milhões de depósitos, para além de um passivo que não deve ter grande relevo. Feliz o comprador que fez este negócio. Felizes os trabalhadores e depositantes, que vão poder continuar a trabalhar no balcão onde sempre estiveram. Felizes os credores, que vêem fugir os activos do seu devedor na resolução, mas ganham a seu benefício a maior credibilidade do sistema financeiro. E felizes os contribuintes, que podem continuar a pagar os seus impostos com alegria, sabendo-se que eles se destinam a ser gastos numa operação altamente meritória, como o é a resolução bancária. Gosto imenso de uma história com final feliz. A natureza ensina-nos a acreditar. E eu acredito, como sempre acreditei.

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