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Delito de Opinião

Equívoco

Sérgio de Almeida Correia, 21.09.09

O prof. Marcelo Rebelo de Sousa, que já hoje aqui foi citado, depois de ter andado durante uns tempos desaparecido em combate, resolveu voltar à carga com a sua análise tão objectiva quanto desviada a preceito quando o assunto não lhe convém. Ontem mesmo veio criticar ao de leve o Presidente da República a propósito do delirante caso das escutas a Belém. Quando confrontado com o tema primeiro hesitou, mas logo depois, tomando de novo balanço, perante a evidência, veio apontar o dedo a um certo assessor, afirmando que este precisava de um "puxão de orelhas".  O problema é que o assessor fez aquilo para que foi contratado pela Casa Civil do Presidente da República. Falar com jornais e jornalistas e fazer recortes é a sua função. Por isso é que está na assessoria de imprensa e não na cozinha do palácio. Teve foi o azar de ser apanhado em flagrante, a dizer e a fazer mais do que aquilo que o bom senso e a lisura de procedimentos de uma Casa Civil recomendariam. Por isso mesmo, se há alguém a precisar, para usar a infeliz expressão do prof. Marcelo, de um "puxão de orelhas" é o Sr. Presidente da República, que é quem lá mete e protege, pelo menos até depois das eleições, assessores que não estão à altura das funções que desempenham. Talvez que a melhor forma dos portugueses darem esse "puxão de orelhas" seja já no dia 27 de Setembro, desfazendo o equívoco do prof. Marcelo e mandando o "recado" sob a forma de uma "reprimenda" à dr.ª Manuela Ferreira Leite. Não o podendo fazer directamente, estou certo de que esse gesto não passaria despercebido ao Presidente da República.  Em especial agora que o prof. Cavaco Silva já tem tempo para ler jornais e pode mais facilmente avaliar o trabalho dos seus assessores na hora de analisar as condições para uma recandidatura.

 

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