Os patos facultativos
“Facultatividade.” Não conhecia esta palavra, de resto horrível – só recentemente soube que existia. Tem-se ouvido muito a propósito do ridículo “desacordo” ortográfico que o ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, quer impingir aos portugueses, contra a opinião expressa da sua antecessora nesta pasta, Isabel Pires de Lima, e de um apreciável número de escritores, editores e filólogos. Um “desacordo” que dá para os dois lados, cheio de “facultatividades”, como gostam de dizer os exterminadores de consoantes mudas, acusando quem se lhes opõe de pretender voltar a escrever farmácia com um obsoleto PH.