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Delito de Opinião

Legislativas (2)

Pedro Correia, 22.06.09

 

O BOM EXEMPLO DO CDS

 

O caminho certo, neste curto período entre as europeias e as legislativas, é este que Paulo Portas está a trilhar no CDS. A hora, à esquerda e à direita, é de cerrar fileiras, superar questiúnculas internas e partir com a força necessária para um dos actos eleitorais mais concorridos e decisivos de sempre em Portugal. Precisamente o contrário do caminho sugerido por Pacheco Pereira, sempre mais obcecado com os adversários internos do que com o chamado 'inimigo principal', o que o levaria a chumbar em qualquer exame de estratégia. Não me surpreende a falta de racionalidade dos argumentos de Pacheco, o que nele é recorrente. Já me surpreende um pouco mais, admito, que outras vozes na blogosfera o secundem também nisto. A questão, ao contrário do que advogam, nem é tanto o peso interno que os ex-adversários de actuais líderes possam ter no momento actual: são os sinais que se transmitem para o exterior das paredes partidárias, como o Paulo Gorjão acentua aqui e Portas percebeu muito bem.

O PS governou 11 dos últimos 14 anos em Portugal, em boa parte, porque o PSD andou ao longo de todo este tempo menos empenhado em derrotar os socialistas do que a lutar contra si próprio. É fundamental lembrar isto agora antes que a doutrina de Pacheco comece a fazer escola - à semelhança do que sucedeu no passado, com os brilhantes resultados que estão à vista.

 

Ler também

- Estranhas formas de vida. Do Afonso Azevedo Neves, n' A Grande Alface.

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