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Delito de Opinião

Sol e livros

Pedro Correia, 02.05.09

         

 

Acabo de regressar da primeira incursão do ano à Feira do Livro. Ainda bem que lá fui: estava uma tarde fantástica, inundada de sol, e apetecia passear pelas alamedas do Parque. Muita gente teve a mesma ideia que eu: havia centenas de pessoas a deambular entre os pavilhões, encosta abaixo encosta acima. Gente de todas as idades. Muitos casais jovens com carrinhos de bebé. A Feira é um local de reencontros. Cruzei-me com o Vítor logo à chegada, depois vi a Ana, a seguir o Pedro. O Nuno Simas dava autógrafos na esplanada da Alêtheia, à conversa com a editora, Zita Seabra. Na Leya, adensava-se a multidão: filas de admiradores à cata das cobiçadas assinaturas de Pepetela e sobretudo de António Lobo Antunes, ali presentes. Passei ao largo da aglomeração. Demorei-me mais do lado oposto, onde estão três das minhas editoras favoritas: Cotovia, Relógio d' Água (dirigida pelo eterno Francisco Vale, que lá estava, no seu posto) e Assírio & Alvim.

Como já esperava, vim de lá com vários sacos de livros e vários géneros de obras. Romance: Um Punhado de Pó, de Evelyn Waugh (Dona Raposa). Conto: Gatos e Mais Gatos, de Doris Lessing (Cotovia), Quando Fui Mortal de Javier Marías e Contos de Dorothy Parker (Relógio d' Água). Crónica: Passaporte, de Maria Filomena Mónica (Alêtheia). Dois livros de viagens da Civilização (sobre Roma e Barcelona), quatro policiais dos Livros do Brasil para reforçar a minha colecção da Vampiro (Frank Gruber, Nicholas Freeling, Mickey Spillane e Hartley Howard). A Tinta da China fazia sucesso com muitos exemplares da Penguin Books, em estreia na Feira. Já o pavilhão do El Corte Inglés, com excelentes títulos em castelhano, muitos e bons, estava às moscas: continuamos de espaldas para Espanha. Aproveitei para trazer La Guerra que Ganó Franco, de César Vidal. Da Quidnovi, trouxe As Três Vidas, com uma simpática dedicatória do João Tordo, que estava à conversa com o pai, Fernando Tordo.

Uma menina entregou-me um folheto de propaganda eleitoral do Movimento Esperança Portugal, com um retrato de Laurinda Alves grande de mais para o meu gosto. E comi o primeiro gelado do ano, um Magnum Classic. Saí de lá com vontade de regressar sem demora para uma nova colheita de livros. E agora segue-se o dilema de todos os anos: qual deles começo já a ler?

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