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Delito de Opinião

Por que não se calam?

Leonor Barros, 03.06.12

Começam a faltar-me epítetos que não ultrapassem os limites da educação para classificar 'gente' como esta. Depois de afirmar que os salários devem ser reduzidos em Portugal, António Borges auferiu, em 2011, 225 mil euros livres de impostos. Ao que parece, os senhores do FMI que andam por aí a mandar os outros pagar impostos, estão isentos do pagamento de impostos. Este privilégio assiste aos que têm estatuto de funcionário de organização internacional. O mínimo que se lhe podia exgir era que calassem aquelas bocas e tivessem o mínimo de respeito por quem vive de uns ridículos euros e está reduzido a vidas miseráveis, também porque o Estado nos abafa com impostos e as assistências internacionais sufocam ironicamente quem alegadamente ajudam. Só não lhes chamo animais porque adoro bicharada e respeito-os infinitamente mais do que 'coisas' destas.

4 comentários

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    Leonor Barros 03.06.2012

    Sim, eu sei, já referi isso algures nos comentários e no post. Não é um problema apenas do FMI. São opções de vida, quando se abraça uma carreira assim devem ponderar-se os prós e os contras, como qualquer outra, certo?
    Vamos ver se nos entendemos de uma vez por todas e vou-me repetir: eu não disse que não podiam comentar. Mandar os outros pagar impostos e dizer que os ordenados devem ser reduzidos quando se ganha como se ganha em Portugal e da forma como as pessoas estão desesperadas vindo de gente que nem sabe o que é pagar impostos e que ganha como ganha é capaz de não ser muito respeitoso, digo eu.
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    Margarida Barbosa 04.06.2012

    Leonor, tive o cuidado de ler os seus comentários e na verdade defende-se sempre dizendo que podem comentar a situação atual do país, mas não é respeitoso....então e como ficamos??
    Na verdade, parece-me que considerações que são feitas relativamente aos salários auferidos por todos os outros, menos por nós, me faz lembrar aquela lógica do salário do jogador de futebol...
    A política salarial que é atribuída a cada funcionário de uma OI está de acordo com critérios que nós enquanto cidadãos dos Estados-membros ratificámos. Parece-me absolutamente despropositado criar analogias recorrentes entre declarações destes funcionários com os seus próprios rendimentos. Entenda-me, eu não conheço o sr. António Borges e não estou a defendê-lo, mas parece-me coisa de invejosos...
    Preocupa-me muito mais a possibilidade que ele esteja a este nível salarial e que seja do conhecimento geral nos bastidores que o seu papel enquanto líder de um fundo como o FMI tenha sido vergonhoso.....
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    Anónimo 04.06.2012

    A questão é ainda mais simples que isso. Estes senhores entendem que tudo se aplica aos outros, e que a sua (deles) situação é apenas uma gota no oceano; que não causa nenhuma desgraça. O problema da moral nunca está no que se prega, mas como se aplica.
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