Estes dias.
Enquanto o FMI nos tenta meter na cabeça os perigos da austeridade e vai empurrando a retoma portuguesa para 2017 (mas o que são cinco anos?), os nossos Massamá Boys reduzem as indemnizações por despedimento (porque o desemprego não é problema) e esperam que o leitor entregue parte da sua reforma futura aos bons préstimos da banca privada (deu excelentes resultados na crise de 2008). Como se isso não bastasse, a senhora Merkel, encorajada pela performance da economia europeia, vai defender a continuação daquilo-que-nós-sabemos e rejeitar programas de apoio à conjuntura, no próximo fim de semana em Washington. É de prever que a chanceler alemã aproveite o ensejo para dar conselhos de beleza e toilette a Michelle Obama. A América precisa tanto da sofisticação e elegância luteranas como das suas recomendações económicas.