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Delito de Opinião

A melhor resposta

João Carvalho, 17.10.11

O selvagem anormal que executou a chacina na Noruega regressa à ribalta. Desta vez, o nome do assassino que protagonizou o cobarde massacre protagoniza ainda uma longa metragem. Bem pode o realizador explicar o que quiser, que jamais deixará de ofender o senso comum.

Como já escreveu aqui com toda a oportunidade o nosso Pedro Correia, referindo-se ao «grau máximo de notoriedade» que está na ansiedade de um assassino, «a repetição até à náusea do seu nome, nos mais diversos órgãos de informação, constitui uma homenagem involuntária à barbaridade do acto que praticou» e, assim, «o seu nome banaliza-se, ganhando uma espécie de estatuto de imortalidade». Só que agora nem pode considerar-se que esta "consagração" na Sétima Arte seja involuntária, como é evidente.

Adivinho que a mente perversa do homicida exulta com a própria perversão das pessoas "normais", que parecem insatisfeitas na procura incessante das mais diversas fórmulas para perpetuarem o seu nome, como sempre aconteceu com os autores de muitos outros crimes horrendos. E este estranho endeusamento tanto pode ser atraente para outras mentes distorcidas, como também pode ser inspirador para os mais diversos "criadores" de receitas para a glória fácil.

É bom que o mercado saiba responder-lhes. Como muito bem disse o Pedro Correia, «retemos na memória o nome de demasiados assassinos, o que constitui uma espécie de caução póstuma aos seus actos criminosos». Para uns e para outros, assassinos e pseudo-intelectuais, é importante estarmos cientes da resposta certa. Merecem ser ignorados.

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