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Delito de Opinião

Sócrates, pepinos e companhia

João Carvalho, 03.06.11

O secretário-geral do PS foi forçado a interromper a sua intervenção no comício de Barcelos quando atiraram ovos para a tribuna e para o palco. Sócrates fez bem ao jogar pelo seguro, porque tão depressa são ovos como logo a seguir são tomates e a coisa ainda podia descambar para pepinos assassinos.

 

Já os três portugueses que chegaram infectados da Alemanha colocaram-nos em perigo muito sério. Clinicamente, dois deles já tiveram alta e um apresenta uma «evolução aceitável, no bom sentido» (nem se vê como uma evolução aceitável poderia ser em sentido diferente, mas adiante). O problema é que a ministra da Saúde disse que está à espera da confirmação de que se trata da mesma estirpe multi-resistente detectada na Alemanha e que existe a «coincidência» de todos eles «terem regressado da Alemanha». É isto que nos coloca em grande perigo, porque a Alemanha pode não gostar do que andamos a dizer e é bem capaz de retaliar aumentando os juros da nossa dívida pública.

 

Por aqui se vê como os alemães não percebem peva da Europa. Alguma vez um português ia à Alemanha comer pepinos, com tantos legumes oblongos de primeira qualidade na própria terra? Se eu fosse a ministra Ana Jorge limitava-me a dar ordens para o impagável e omnipresente Francisco George fazer aquilo que ele mais gosta: acompanhar o caso. Mas desta vez é para acompanhar o caso a sério, não é para fazer as fitas do costume. Por exemplo: se o caso passar no Marquês, o bom do George tem de ser visto a acompanhá-lo poucos metros atrás. E nada de ir para a televisão botar sentença; ou bem que anda a acompanhar o caso, ou bem que anda atrás das televisões. Estamos entendidos?

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