Convidada: CLÁUDIA KÖVER
O nascer do riso
A fragmentação da obra de três compositores contemporâneos, cuja sonoridade não embale todo e qualquer ouvido, e a sua reconstrução numa nova palete de sons e passagens, serviu de inspiração a este conceito. Admito ter cortado e recolado a obra alheia - à qual eu própria muitas vezes não dou ouvidos - e tê-la refeito a meu gosto, servindo agora de embrulho a esta crónica. No entanto, neste processo, jogou-se também a dança das influências entre a música e a escrita - e as letras acabaram por se adaptar à sua melodia. Tudo isto com o único objectivo de não aborrecer. Infelizmente, poderei ter falhado redondamente nesse aspecto mas, ao menos, espero ter fundido duas baladas aborrecidas numa só música.
Cláudia Köver