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Delito de Opinião

A geração Deolinda e o Primeiro-Ministro que está à rasca

Rui Rocha, 26.02.11

Jose Sócrates foi ontem ao Parlamento responder a uma canção e a uma manifestação que está marcada, através do Facebook, para o próximo dia 12. A sua intenção era responder à letra. Mas, acabou por retratar-se a si próprio. À geração que alguns dizem ser parva respondeu a governação do chico-esperto. O melhor que Sócrates tem para oferecer é o anúncio de medidas que já tinham sido apresentadas. Não é surpreendente. Sócrates é mesmo assim. Falta-lhe produto. Interno, bruto e verdadeiro. Sobra-lhe o marketing em que já ninguém acredita. Por isso, o debate de ontem foi para lamentar. A geração a que Sócrates se dirigia tem características próprias. Umas serão melhores do que as das gerações anteriores. Outras,  nem por isso. Mas, se existe característica que a distingue é o facto de ter ao seu alcance informação abundante. Se há coisa que essa geração não tolera é treta. Com informação sobre qualquer assunto ao alcance de um click, os vendedores de banha da cobra têm que se esforçar mais do que há uns anos atrás. Já não é suficiente fazer propaganda com medidas requentadas. Ontem, Sócrates não foi à Assembleia da República dar o correctivo quinzenal à bancada parlamentar do PSD. Pelo contrário, foi reconhecer perante o país e, em particular, perante uma geração, que não tem nada de novo para lhes dizer. Portugal está em graves dificuldades. A geração que Sócrates pretendia embrulhar esbarra numa conjuntura de bloqueio do acesso ao mercado de trabalho. Quanto ao Primeiro-Ministro, esse está mesmo à rasca.

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