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Delito de Opinião

Com mil milhões de macacos

Pedro Correia, 10.01.09

Uma das obsessões mais em voga nos tempos que correm relaciona-se com a "identidade sexual". Nada parece escapar à tendência de distribuir rótulos e etiquetas nesta matéria: nem o Harry Potter ficou imune a isto. Coube agora a vez ao Tintim, precisamente no momento em que o mais célebre repórter da banda desenhada festeja 80 anos de vida: o jornalista Matthew Parris, antigo deputado conservador na Câmara dos Comuns, acaba de garantir no Times que Tintim é gay. "Onde estão as dúvidas quando todas as provas apontam no mesmo sentido? Um jovem sem experiência, andrógino, com um poupa loura, calças bizarras e uma 'écharpe', que vive no castelo do seu melhor amigo, um marinheiro de meia-idade?", questiona Parris. Aguarda-se agora novo ensaio do eminente estudioso londrino sobre o putativo relacionamento homossexual entre Lucky Luke e os Irmãos Dalton. Até lá, o melhor é reler os álbuns do Tintim com um olhar que nos devolva as genuínas emoções da infância. Todos menos Tintim no Congo, remetido para as prateleiras mais inacessíveis de livrarias e bibliotecas públicas em nome da correcção política. "Racista", dizem. Ainda havemos de ver futuras histórias do Astérix em versão hippie, pondo flores nos cabelos dos soldados romanos em vez de lhes partir as fuças a murro. E um Obélix vegetariano, comendo salada de rúcula com soja em vez de deitar abaixo um javali...

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