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Delito de Opinião

Negócios de betão

Carlos Barbosa de Oliveira, 25.02.09

A negociata entre a Cimpor e a Caixa Geral de Depósitos – a que na semana passada já aqui fizera referência- preocupa-me muito mais do que o caso Freeport. Não apenas pelos contornos pouco claros do negócio mas, principalmente, pelo que ouvi hoje no Parlamento.
Se  José Sócrates de nada sabia é extremamente grave, porque a CGD é um banco do Estado e não pode delapidar o património dos contribuintes a seu bel prazer. No entanto, mesmo ignorando aquilo que deveria saber, o PM não tem o direito de tratar os deputados que o interpelam como mentecaptos, nem  ter aquela postura semi-jocosa, semi-enfadada quando é questionado.
Quando era PM, Cavaco Silva também tinha o hábito de afivelar um ar de comiseração, como se estivesse a ser interpelado por gente sem capacidade para discutir com ele.
Estes tiques revelam uma falta de cultura democrática e uma sobranceria inqualificáveis. É inaceitável que um PM não tenha consciência de que é obrigado a prestar contas ao país. Bem pode Sócrates continuar com o seu discurso reciclado de esquerda, porque com estas atitudes ninguém o vai levar a sério.  
Sócrates não tem pachorra para aturar a oposição? Então, é melhor que em Outubro os portugueses lhe digam, nas urnas, que o lugar dele não é aqui.

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