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Delito de Opinião

Por Baco e Dionísio!

Carlos Barbosa de Oliveira, 30.01.09

Com o fim de semana à porta lembrei-me que, depois da tensão dos últimos dias, poderia escrever sobre o vinho, para animar as hostes.
Já experimentou pedir num desses bares que animam a noite lisboeta uma garrafa de vinho? Se nunca o fez, experimente! Vai ver a cara da pessoa a quem fez o pedido e sentir-se como um bêbado que se enganou na porta da taberna.
Na noite lisboeta corre a insípida cerveja, o social whisky, o altaneiro gin, a democratizada vodka, ou o empertigado rum.
Volteiam no ar os “shots”, integra-se, sorrateiro, o absinto, acampou a folgazona caipirinha, mas a entrada está vedada ao vinho.
Sendo entre todas estas bebidas, com excepção de algumas cervejas, a de mais baixo teor alcoólico, o vinho foi proscrito da noite (com a quase honrosa excepção das casas de fado) e deixou de ser considerado “bebida socialmente correcta” - a não ser que venha seguido dos qualificativos Porto ou Madeira, esses sim com direito a acompanhar outras bebidas estrangeiras.
Mas se o leitor for daqueles que não desistem à primeira e obstinadamente procurar beber vinho num desses locais de culto da noite lisboeta, fica desde já avisado de dois pequenos pormenores: a oferta é reduzidíssima e os preços avassaladores.
Na Bíblia podem encontrar-se 450 citações sobre o vinho, todas elas em defesa do precioso néctar, considerado bebida sagrada que todos devem ter direito a usufruir.
Então, por que razão anda por aí gente a querer tirar-nos esse direito?

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